Ora (direis) ouvir estrelas! Certo Perdeste o senso!” Eu vos direi, no entanto, Que, para ouvi-las, muita vez desperto E abro as janelas, pálido de espanto…
E conversamos toda a noite, enquanto A vida láctea, como um pálio aberto, Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto, Inda as procura pelo céu deserto.
Direis agora: “Tresloucado amigo! Que conversas com elas? Que sentido Tem o que dizem, quando estão contigo?”
E eu vos direi: “Amai para entendê-las! Pois só quem ama pode ter ouvido Capaz de ouvir e de entender estrelas.
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