quinta-feira, 20 de novembro de 2008

A incrivél postagem número 200!

to estreando aqui a postagem número 200 e irei estreá-la com uma charge que o povo sempre comenta em charges -.- e uma poesia também que foi tirada de um ótimo blog o blog do luiz berto jornal da besta fubana 226.jpg E também uma poesia:
CREPÚSCULO SERTANEJO - Castro Alves

A tarde morria! Nas águas barrentas As sombras das margens deitavam-se longas; Na esguia atalaia das árvores secas Ouvia-se um triste chorar de arapongas.

A tarde morria! Dos ramos, das lascas, Das pedras, do líquen, das heras, dos cardos, As trevas rasteiras com o ventre por terra Saíam, quais negros, cruéis leopardos.

A tarde morria! Mas funda nas águas Lavava-se a galha do escuro ingazeiro… Ao fresco arrepio dos ventos cortantes Em músico estalo rangia o coqueiro.

Sussurro profundo! Marulho gigante! Talvez um — silêncio!… Talvez uma — orquestra… Da folha, do cálix, das asas, do inseto… Do átomo — à estrela… do verme — à floresta!…

As garças metiam o bico vermelho Por baixo das asas, — da brisa ao açoite—; E a terra na vaga de azul do infinito Cobria a cabeça co’as penas da noite!

Somente por vezes, dos jungles das bordas Dos golfos enormes, daquela paragem, Erguia a cabeça surpreso, inquieto, Coberto de limos — um touro selvagem.

Então as marrecas, em torno boiando, O vôo encurvavam medrosas, à toa… E o tímido bando pedindo outras praias Passava gritando por sobre a canoa!…

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