quinta-feira, 11 de setembro de 2008

poesias

“Sou bravo, sou forte; Não temo da Morte” E na dura investida Já tenho vencida Metade da guerra. Em meio a metralha Que a morte espalha, Eu sinto que a Terra É uma grande fornalha. Gemidos sem fim Se ouvem ao redor; Os trago de cor Bem dentro de mim. Nas valas, lamentos Que os combates sangrentos Fizeram surgir. Soldados feridos Que perdem os sentidos, Desejo e não posso, Não posso acudir. Se mil pensamentos Se mesclam aos lamentos, Que faço, que urdo, Se estou quase surdo C’oa metralha que cruza, Que conduz os desejos A um Céu que não vejo? Ai, Mãe, o teu filho É um pobre andarilho Nos campos de Marte. A metralha cessou, E o que dela restou Ë teu filho que parte. Sangrando , ferido, Febril e sedento, Morre o rebento Que tanto te adora. Quizera o guerreiro Dar o derradeiro Abraço à Senhora. Não chora, Mamãe, Esquece o desejo De dar-me teu beijo. De ser defensor Como nobre infante Esta guerra infamante Valeu-me o ensejo. Se morre um valente, Um instante somente A alma nos dói, Pois a Pátria agradece A quem lhe oferece Um filho herói. Numa estrada de luz, Um soldado conduz A legião da Vitória. E teu filho, Mãezinha, A frente caminha Para o Reino da Glória. "O Caminho do Guerreiro é a aceitação resoluta da morte"

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